sábado, 21 de fevereiro de 2009

TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO


“A ÚNICA COISA PERMANENTE NO UNIVERSO É A MUDANÇA”
HERÁCLITO
No próximo dia 28, faço 58 anos e, como a maioria das pessoas da minha geração, tenho muita dificuldade com as novidades tecnológicas. Quando comprei meu último celular, por exemplo, tive que chamar minha sobrinha para dar assessoria, e ela, sem nunca ter visto o aparelho, num “flashfuça” desvendou, em segundos, tudo para mim.
A dificuldade e a demora na assimilação nos levam, muitas vezes, a pensar que o aprendizado não será possível, além disso, é necessário muito esforço e persistência para aprender, e o comodismo e a preguiça são aliados naturais da inércia.
Esta semana uma colega do nosso grupo de Blogs Educativos desabafou, manifestando seu desanimo diante do boicote e o desinteresse de seus pares em suas tentativas ao uso de tecnologias na escola: “Trabalhar em um lugar como o que trabalho, com todos os recursos que eu desejar disponíveis e instalações de primeira linha realmente gera frustração quando o recurso humano boicota o novo”. E este não é um caso isolado, já que, lá mesmo, várias colegas relataram o mesmo problema.
As pessoas preferem fazer aquilo que sempre fizeram e toda mudança num primeiro momento sempre nos parece muito ruim, portanto é natural que haja reação quando se pretende implantar algum sistema novo, pois o desconhecido sempre gera insegurança, principalmente se usamos ferramentas que não dominamos.
Infelizmente, na informática educativa, o problema da insegurança não acontece só com aqueles que desconhecem completamente estas ferramentas tecnológicas, talvez o meu exemplo possa contribuir um pouco mais para o entendimento deste assunto.
Apesar de ser muito lento na assimilação, de uma maneira geral sou persistente e gosto de novidades, por isso fiz minha Pós em Tecnologias em Educação” (PUC - Rio), "Informática para Educadores" (CEDERJ -Fundação Centro de Ciências e Educação Superior à Distância do Estado do Rio de Janeiro), aprendi HTML, criei o site da minha escola (muito básico), e outro sobre paralisia cerebral, que vem servindo de ajuda em diversos trabalhos acadêmicos (vejam livro de visitas), enfim, aparentemente qualquer pessoa pensaria que tenho muita facilidade para trabalhar em sala de aula com estes recursos, mas, na realidade, não é isso que acontece.
Faço parte do grupo “Blogs Educativos” desde 2006 e, até o final do ano passado quase não participava da lista, ficava sempre na “moita”, passivamente, observando e tentando aprender com as experiências dos colegas.
Nossa escola tem laboratório de informática desde o final de 2007, mas só a partir de setembro do ano passado, com a notícia de que o Estado iria conectá-la, via satélite, à internet (Está localizada em Retiro do Muriaé, distrito de Itaperuna-RJ), e que iríamos ter Orientador Tecnológico é que criei este blog (só tem quatro meses) para justificar minha presença no grupo, afinal como interagir em uma lista desta natureza sem ter um blog? Mas como só tenho teoria e nada de prática, estou sempre tirando o foco do grupo, desviando atenção dos colegas com assuntos que realmente não interessam.
Sem nenhuma modéstia, no sistema tradicional de ensino, com “cuspe e giz”, sempre fui excelente, mas tenho muita vontade melhorar, confesso que nada tenho feito em termos tecnológicos em sala de aula. Até mesmo aqui no blog é a primeira vez que abordo objetivamente um assunto ligado à tecnologia na escola.
Infelizmente, o Estado ainda não nos conectou e também continuamos não tendo OT (sou candidato), não temos nada para atender nossos alunos em pesquisas ou projetos ligados aos verdadeiros objetivos de um laboratório de informática, o que é uma pena, pois, ao contrário da colega que é boicotada em sua escola, na nossa, a maioria dos professores, inclusive a direção participam ativamente de todos os projetos, menos é claro, por motivos óbvios, aos ligados ao uso de tecnologias (deem uma olhada no site).
PS: Aceito sugestões e colaborações que possa me transformar em um extraordinário Orientador Tecnológico.

2 comentários:

pedagogica mente blogando disse...

oi, fer. como sou tua fã em prosa e verso, cá estou. admiro tua franqueza e sinto uma certa modéstia exagerada.....você é muito bom em tudo o que faz, até no que não sabe fazer!quanto ao desabafo da tati, já comentei lá e reforço agora" a mediocridade parece vencer porque ela é muito mais atrevida" e o comodismo de alguns realmente incomoda a nós que fazemos parte da raça dos desassossegados. eu vou acompanhar tua trajetória como OT de informática e abusar da tua boa vontade porque o que mais quero no momento é encontrar alguém que me ajude a colocar a nossa SAI em funcionamento " de verdade"!
super abraço cheio de confetis e serpentinas
vera

Marli Fiorentin disse...

Querido Fernandão!
o primeiro passo você já deu. É um excelente professor sem a tecnologia. Por consequência será também com ela. Porque nenhuma tecnmologia faz milagres com uma mente fechada, petrificada. O segundo passo você também já deu: percebeu a importância e necessidade integrar as tecnologias na sua prática. O resto vem com a curiosidade. Beijo grande!