quarta-feira, 4 de março de 2020

PELEUMONIA E OS ERROS DE PORTUGUÊS


         "Peleumonia existe sim, eu mesmo já vi várias, com febre interna, e o termômetro não mostra, disintiria, quebranto, mal olhado, quebrano, cobreiro, vento virado e espinhela caída.
Eu tô aqui pra modo de atestá que quem sabe o que tem é quem sente, eu quero ovi ocê desse jeitinho pra modo da gente se intendê, porque pra mim foi dado a chance de conhecê as letras e os livro, pra você só deram a chance de dizê, podi dizê, eu quero ouvir.
Eu estudei, sou médica, eu sei o que a pessoas está querendo dizer, eu sei porque eu tive a chance de estudar, e ela só tem a chance de dizer o que ela sente" 
         Da  Dra. Julia Costa, médica, cantora e escritora sobre a reportagem do médico debochado:  
         Trabalhei com uma professora de Português, extremamente maledicente, que adorava falar mal de "Deus e o mundo".
          Na sala de professores, na hora do recreio, ouviu "poucas e boas" de outra colega sobre esta sua falha de caráter, mas em vez de pedir desculpas ou se calar, aumentou o tom da voz para corrigir um erro de português da indignada colega.
          Achei bizarro, e apesar de tantos anos, nunca me esqueci desse fato, até porque é exatamente aí que meu "rabo prende".

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