domingo, 21 de dezembro de 2014

EU, MAIS UM VALENTÃO NO TRÂNSITO

FERNANDERÊ, A ARTE MARCIAL CRIADA POR ESTE BLOGUEIRO

          Dá para imaginar o trânsito ontem, sábado, véspera de natal, em frente ao Banco do Brasil? A Inês desceu para umas compras, e eu fiquei circulando na esperança de encontrar uma vaga.
          Pouco tempo depois, o improvável aconteceu bem na minha frente, um carro desocupou para mim o cobiçado espaço que todas aquelas centenas de carros disputavam, pensei, hoje é meu dia de sorte.
          Feliz da vida, com um sorriso de orelha a orelha, fui à frente para em seguida ocupar a vaga dando marcha ré, mas deixar para trás algo tão precioso, ainda que por apenas alguns metros, foi negligenciar o que acontece em nosso país, das pessoas mais simples até os mais altos escalões da república... todos querem facilidades... levar vantagens.
          Um oportunista motorista de um pequeno Fiat entrou em diagonal na vaga e a metade de seu carro ficou ocupando a via, e eu, embasbacado com tamanha cara-de-pau desliguei o carro e parti para o impasse, abri a porta e, ainda sentado, gritei que já estava estacionando, e ele de lá fez para mim um gesto parecido com uma “banana”.
          O transito foi engarrafando e, na frente de todos, um carro da Polícia Militar, que falou alguma coisa com o motorista do Fiat e em seguida parou ao meu lado e disse: “ele vai sair”, e a viatura dobrou a esquina e seguiram em direção à Avenida Freitas.
          Cheguei meu carro para frente para que ele desocupasse, mas vendo que os policiais tinham ido embora, colou na minha traseira e deu ré ocupando a preciosa vaga.
          Indignado, contornei e fiquei bem ao seu lado, na rua paralela, em frente a Casa do Fazendeiro, e usando o “Fernanderê”, engrossei a voz, franzi a testa, fiz cara feia e apliquei nele um “impressionerê”:
- Porra cara, você não viu que eu já estava estacionando?
          Ele disse: - chama a polícia
        Respondi:  - Polícia é para bandido, o seu caso é falta de educação, falta de berço.
          Aí, inacreditavelmente, aconteceu o que parecia impossível, saiu daquele minúsculo Fiat, um homenzarrão gordo, alto e muito forte e, no mesmo tom de voz do meu “impressionerê” repetiu: - “Chame a polícia, ô bobo!”, e acrescentou já sem paciência: “ não quero conversar mais com você”
          Dispensei o “sambarelove” e fui direto aos “finalmentes”, apliquei rapidinho o infalível “fugerê”




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