O POLÍTICO/PASTOR MARCELO CRIVELLA E O EDUCADOR CRISTOVAM BUARQUE
“A
educação exige os maiores cuidados, porque influi em toda a vida”
Sêneca (4 a.C – 65
a.C)
Hoje vi um vídeo do Senador Marcelo Crivella fazendo um discurso no Plenário
do Senado, usando as palavras do professor e filósofo Armindo Moreira sobre as
diferenças entre educar e instruir. Assim que conheci esse pensador, por causa dos pífios resultados da nossa educação, até achei coerente suas ideias, mas depois, refletindo um pouco mais...
A escola hoje é reflexo da sociedade que vivemos, "com adolescentes grávidas, avós-mães, drogados, pais de alunos desempregados, subempregados e omissos na educação que deveria começar em casa, com tudo isso será que o professor deve ser mesmo apenas
instrutor? Limitar-se exclusivamente aos seus conteúdos específicos?" Matemática,
Português, História,
etc.? Sem falar, é claro, em uma quantidade enorme de pais que já transfere, há muito tempo para nós, essa tarefa que, definitivamente, não é exclusivamente nossa. Ideologia significa “ideias, pensamentos, doutrinas de um individuo ou de
determinado grupo”, enquanto gênero, no mesmo dicionário, vai muito além do
sexo biológico, e o pastor faz um reducionismo ao juntá-las com “escola”, aí
precisamos ouvir a opinião de um educador como Cristovam Buarque (do meio do vídeo até o final) para fazer o contraditório, e analisar onde o pastor quis chegar quando insinuou que o professor diz na escola que “meninos e
meninas não devem ser tratados assim, porque meninos, às vezes, podem não ser
meninos, e as meninas, às vezes, podem não ser meninas”, nunca vi um professor fazer uma abordagem assim, “ideologia de gênero” é uma expressão equivocada, para ser menos parcial o Senador deveria falar em “questão de gênero”.
Não discordo de jeito algum que educar é uma prerrogativa dos pais, e não vou polemizar com quem quer que seja sobre esse
assunto, e pela minha experiência em sala de aula, sei que ninguém precisa levar as
questões de gênero para dentro da escola, assim como acontece em toda a sociedade, elas já
estão lá, assim como também já estão lá os reflexos das agressões físicas de pais aos alunos, a sexualidade precoce, o aluno efeminado (*comentários), os
preconceitos de toda espécie, inclusive o de gênero, o inevitável bulling e os desdobramentos de tudo isso no dia-a-dia do professor, e aí aparece alguém de fora, com um moralismo tendencioso, adequando uma suposta situação a seus interesses, esses sim, ideológicos, denegrindo, com esse exemplo, a capacidade e habilidade desses profissionais em lidar com assuntos inerentes a uma profissão tão fundamental para o país, e, como pudemos constatar pela conversa do religioso, tão desvalorizada e agredida..
Existe uma total inadequação à educação que se faz necessária a esses novos tempos,
e me incluo entre os perplexos diante da multiplicidade e complexidade dos caminhos, massei que não vou por aí.
3 comentários:
dadacecastro
disse...
Parabéns, Fernando, revelou com este texto o mestre que é, preocupado com os problemas da Educação e os que estão ligados a ela. Amei seu texto e comungo de suas ideias sobre a tão usada pelos "políticos do bem, da moral ,do discurso" ,na tentativa de conquistar e manipular seu eleitor. Apesar de não concordar com o vocábulo "efeminado " e sim homoafetivo, mais real, já que a pessoa não está imitando e sim nasce assim. Também como o poeta português José Régio, busco meus próprios caminhos"Nunca vou por ali /Não sei para onde vou,"sei que não vou por aí!!"
Dadace, minha querida irmã, uma pessoa pode ser uma coisa e não ser outra, conheço pessoas que tem trejeitos femininos e não são homoafetivas, da mesma forma que conheço pessoas com "trejeitos" machistas que são gays, inclusive isso pode ser um reforço contrário para o que não aceitam em si. Muito cuidado com o excesso de cuidado com o politicamente correto
"QUANDO FALAREM MAL DE VOCÊ NÃO FIQUE CHATEADO, POIS VOCÊ É MUITO PIOR DO QUE ELES PENSAM"
... NÃO VOU POR AÍ!
Cântico Negro - José Régio (clique na imagem)
REFLEXÕES
PARA MIM
UM
DOS TEXTOS MAIS SIGNIFICATIVOS
QUE O MEU TECLADO JÁ
PRODUZIU (CLIQUE NO LINK)
NÃO SOU ESPÍRITA
Não sou espírita e não tenho religião, mas o Bloguetando está no site espírita de Divaldo Franco em uma pesquisa sobre similaridade, o que me deixou bastante feliz. Embora conheça a doutrina espírita, particularmente as obras básicas de Alan Kardec, nunca fiz qualquer referência ao espiritismo aqui no blog, por isso gostei tanto das palavras de minha amiga Rocio Rodi, espírita, quando indaguei a ela a razão do blog estar lá: “Parabéns Fernando! Sinal de uma escrita universal, coisas do amor, da paz, dos bons valores que transcendem. Feliz por você! ”
Tenho uma atração enorme pelas ideias divergentes, gosto dos contrários e estou aberto a qualquer discussão, não para impor pontos de vista, mas para aprender e até mudar de opinião se os argumentos forem mais consistentes que os meus.
Sou professor aposentado e blogueiro multimídia, mas antes de tudo um humanista sonhador, com pouco talento e muitas limitações, mas que quer acertar e fazer diferença.
Graduei-me em Filosofia, mas gosto mesmo é de colocar em prática
o que aprendi em minha Pós em "Tecnologias em Educação". (PUC-Rio), isto
porque acredito que a inclusão digital é um dos melhores caminhos para a
inclusão social, contudo, não perdi o gosto pela Filosofia ou deixei de “filosofar”. Tenho uma atração enorme pelas divergências, gosto dos contrários
e estou aberto a qualquer discussão, não para impor pontos de vista, mas
para aprender e até mudar de opinião se os argumentos forem mais consistentes
que os meus. Sou flexível e aberto a todas as possibilidades, pois a consciência
transcendente de viver em um tempo eterno e num espaço infinito me afasta
das posturas absolutas e definitivas. Tento me aproximar ao máximo da verdade,
porém, me recuso a enxergá-la por uma ótica exclusiva, por isso, sempre faço
simulações, e, virtualmente, como se estivesse num simulador de voo, transporto-me
nas idéias contrárias às minhas, experimento-as por dentro, provo-lhes o
sentido, dou-lhes todas as razões, sinto-as minhas, e só então me sinto apto
a criticá-las.
Da mesma forma, ataco minhas certezas, colocando-as ao avesso,
expondo-lhe todas as fraquezas, procurando-lhes os defeitos, interpretando-as
por uma ótima radicalmente contrária à minha, e só então me sinto hábil a
defendê-las.
MÉTODO CARTESIANO
O analfabeto funcional tem incapacidade de compreender textos e operações matemáticas simples e de organizar as próprias ideias para se expressar. Já o desinformado funcional tem o pensamento coletivo, pensa exatamente da mesma forma que outros desinformados
EMPATIA
Transporte-se numa ideia contrária à sua, experimente-a por dentro, prova-lhe o sentido, dê-lhe todas as razões, sinta-a sua, e só então se sinta apto a criticá-la.
UPGRADE NAS IDEIAS E NOS PENSAMENTOS
Já fiz upgrade sobre algumas besteiras que escrevi, mas pode ser
que ainda não tenha as atualizado em algumas postagens antigas.
Muitas apaguei, depois transferi para outro
site,
mas não faço mais isso
porque foram degraus de superação,
só eu sei minhas dificuldades para
escrever e compreender as coisas. Além disso textos são
como filhos. Ou devo apagar tudo?
.
Poema "Invictus", de William Ernest Henley (clique na imagem)
.
OLHANDO O ESPELHO
"Aprendi o segredo, o segredo, o segredo da vida, vendo as pedras que choram sozinhas no mesmo lugar"
MINHAS CRIATURAS
É dessas gavetas virtuais que vou "REBRINCANDO" com as palavras e passando a limpo as ideias, com a imaginação crio corpos e dou vida a criaturas, e faço com que elas caminhem pelos lugares aqui em Muriaé. Sinto-me um deus!
3 comentários:
Parabéns, Fernando, revelou com este texto o mestre que é, preocupado com os problemas da Educação e os que estão ligados a ela.
Amei seu texto e comungo de suas ideias sobre a tão usada pelos "políticos do bem, da moral ,do discurso" ,na tentativa de conquistar e manipular seu eleitor. Apesar de não concordar com o vocábulo "efeminado " e sim homoafetivo, mais real, já que a pessoa não está imitando e sim nasce assim.
Também como o poeta português José Régio, busco meus próprios caminhos"Nunca vou por ali /Não sei para onde vou,"sei que não vou por aí!!"
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Dadace, minha querida irmã, uma pessoa pode ser uma coisa e não ser outra, conheço pessoas que tem trejeitos femininos e não são homoafetivas, da mesma forma que conheço pessoas com "trejeitos" machistas que são gays, inclusive isso pode ser um reforço contrário para o que não aceitam em si.
Muito cuidado com o excesso de cuidado com o politicamente correto
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