sábado, 26 de janeiro de 2013

"EFEITO BORBOLETA" - SE PUDESSE MUDARIA MEU PASSADO?

FOLHA DO LIVRO DE REGISTRO DE EMPREGADOS QUE SOLICITEI PARA CONTAGEM DE TEMPO PARA MINHA APOSENTADORIA 

                                                 

O PAPEL DA FAMÍLIA NA PREVENÇÃO E REPARAÇÃO DOS ERROS  

               Todos sabemos da importância de uma mãe na vida dos filhos, e sei o quanto a minha se preocupava comigo, o quanto era amorosa, mas fui embora para o Rio de Janeiro, e naquele tempo as distâncias eram potencializadas pela falta de tecnologia, coisa impossível de se imaginar, hoje, com o FaceTime, Facebook, WhatsApp, Skype ou os nossos banais e-mails, aí fico comparando mamãe com a Inês e observando atentamente esta mãezona que é tão próxima de nossos filhos, que os orienta, à distância, até nas coisas mais insignificantes do dia-a-dia, e fico pensando o quanto estas tecnologias poderiam ter me ajudado no início da minha vida adulta.
          Em um país em que a educação é tão desvalorizada, a via natural é um professor prestar concurso para a Petrobras e não alguém cometer a idiotice pedir demissão em uma estatal como essa para, mais tarde, ingressar no magistério. Na época não tinha curso superior, mas dois colegas que trabalhavam comigo, na mesma função, e que encontrei anos mais tarde, formaram em Administração e ocupavam cargo de gerência na empresa.. 
          Cometi esta insanidade aos 22 anos e amarguei por anos a fio um imenso vazio profissional que só foi superado quando encontrei a sala de aula...  Por vergonha sempre evitei este assunto, cheguei a falar por metáfora sobre isso aqui no blog (quarto parágrafo), mas o fato é que depois disso nunca mais fui o mesmo, como uma abelha, procurei em vão, de flor em flor, de emprego em emprego, uma maneira de preencher o vazio devastador que esta atitude impensada teve sobre minha vida... Tentei voltar em três outros concursos... nunca mais consegui.
          Lembro-me como se fosse hoje quando estive em Muriaé, antes do pedido de demissão... meu pai dizendo que eu ia "fazer carreira", que havia falado recentemente, cheio de orgulho, para seu amigo, o Sr. João Barbosa, que era dentista prático e morava na mesma rua, que eu "estava com o futuro garantido, que trabalhava na Petrobrás”, provoquei a maior decepção quando cheguei contando, garboso, que tinha saído da Distribuidora (BR) para ser gerente de uma das lojas do meu tio, pior, deixei o conforto da casa de meus tios para morar em uma das lojas no centro da cidade, dormindo nas almofadas dos bancos de atendimento aos clientes. Me lembro como se fosse hoje mamãe zangando comigo... “você e os seus tios lá do Rio perderam o juízo?”... Minha vida desgringolou.
           A Inês sempre me consola dizendo que se tivesse ficado na Petrobrás talvez nunca a tivesse conhecido, não teríamos tido nossos filhos, muito menos me relacionado com esta legião de alunos que passaram por minha vida durante todos estes anos*, e neste ponto não posso contestar...a vida até que foi muito generosa comigo.
           Meus filhos são o que tenho de melhor nesta vida, e o Leandro, meu genro, foi o outro filho que veio me completar, assim, pude descortinar os véus que impediam que eu tirasse proveito desta experiência, exorcizasse esta antiga frustração e passasse a ter consciência do quanto ela foi decisiva para  que tentasse me tornar um educador de verdade.
              Daí a razão de eu ter dito ontem no Facebook que o Leandro,  que é Administrador na Petrobrás, ser o meu alter ego profissional... O ideal seria ter a satisfação que tenho com minha profissão, mas com o prestígio e o salário do Leandro na Petrobrás, afinal, a origem etimológica da palavra educar vem de eduzir (não deixe de clicar), que significa extrair, conduzir para fora, convenhamos, socialmente, esta atividade deveria ser tão significativa quanto extrair petróleo nas profundezas do pré-sal. 

* E uma compensação: AQUI

ATUALIZAÇÃO FEITA EM 18/MAIO/2015


 A COISA PODERIA SER BEM  PIOR






          Se pudesse viajar no tempo, e, com minha experiência atual pudesse habitar meu corpo quando tinha 21 anos, certamente faria muitas alterações em meu passado.
          Hoje me considero muito mais "esperto", venci a terrível timidez que me travava, e adquiri "habilidades" paranormais que certamente teriam me feito diretor dessa estatal. CLIQUE AQUI e comprove a veracidade de minhas palavras.
          No filme "EFEITO BORBOLETA", os desdobramentos das mudanças feitas pelo personagem de Ashton Kutcher tiveram conseqüências bem piores do que a realidade dirigida e produzida pelo “SUPREMO DIRETOR DO UNIVERSO.”  



          

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