Ninguém transfere experiência para alguém, muito menos quando esse “ninguém” está na minha idade... Como disse o escritor Pedro Nava, “a experiência é como o farol de um carro voltado para trás, não serve para nada"... Quem vai se interessar pela minha bagagem de vida?
Na época ainda não era casado e não tinha filhos, o que teria sido muito pior, mas ainda assim, aquele sofrimento não deixou de respingar em meus filhos anos mais tarde
Não custa lembrar que lucidez, responsabilidade e canja de galinha não faz mal a ninguém, e que excesso de confiança costuma ser uma terrível armadilha. Cometi esta insanidade aos 22 anos, e amarguei por anos a fio um imenso vazio profissional (...) como uma abelha, procurei em vão, de flor em flor, de emprego em emprego, uma maneira de preencher o vazio devastador que esta atitude impensada teve sobre minha vida."
E se alguém que você gosta muito,, quase 50 anos depois, cogitar cometer o mesmo erro?
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