sexta-feira, 4 de junho de 2010

A NOSSA VARINHA MÁGICA


“Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia”
Leon Tolstoi

            Depois de um dia inteiro em sala de aula, à noite, nas atividades semanais “Extra Classe”, no Projovem do bairro Aeroporto, nosso convidado, o engenheiro Francisco Ofeni Silva, da EMATER-MG, fez uma palestra sobre ecologia e meio ambiente: “O Uso Consciente da Água e Preservação dos Recursos Hídricos” que, de tão clara e contundente, não consegui mais parar de pensar no assunto... perdi o sono... “esverdeei-me
   O admirável Dr. Ofeni não se limitou apenas aos problemas ecológicos que a mídia sempre reporta como o buraco na camada de ozônio, efeito estufa, aquecimento global, destruição das florestas tropicais ou problemas recentes como o vazamento de petróleo no Golfo do México. Ofeni foi mais longe, ou melhor, muito mais perto... de maneira bem humorada falou de problemas ambientais relacionados ao município de Muriaé e como as nossas ações individuais afetam a vida em todo o planeta.
   É extremamente pedagógico quando deixamos as terceiras pessoas e passamos a usar o pronome certo quando tratamos de responsabilidades. Filosoficamente, tenho esta convicção... Tudo que se passa no mundo é uma projeção do nosso insignificante universo pessoal, e a irradiação desse microcosmo é que torna este planeta pior ou melhor.
   Embora nem sempre verbalizemos nossos desejos, inconscientemente, todos nós desejamos viver em um mundo melhor... Mais feliz, e isso só será possível se pudermos viver em um ambiente à altura deste desejo, por isso passei também a associar meio ambiente e ecologia à felicidade.
            Mesmo aquelas pessoas, cujas ações cotidianas são dirigidas em sentido contrário, o fazem porque confundem felicidade com satisfação pessoal que, no fundo, também tem seu valor, já que é o requisito básico para motivar e criar as sinergias necessárias para viabilizar qualquer tipo de transformação... é tudo um simples caso de redirecionamento.
            Tudo para dar certo tem que ser feito com prazer, e o seu grau e intensidade está diretamente relacionado ao conhecimento, e a escola é um dos principais mananciais para estas informações. Não existindo lugar mais adequado para se ensinar as causas desta “felicidade”, é lá que sempre aparece alguém com uma “varinha mágica”, fazendo surgir, assim, do nada, de onde menos se espera, informações como estas do Dr. Francisco Ofeni, tão necessárias para redirecionar nossas ações rumo à harmonia e ao equilíbrio, nos ajudando a mapear, precisamente, onde poderemos encontrá-la dentro desta nossa imensa  aldeia global.
            Compartilho da opinião deste notável militante ambientalista, que por sua vez, também não tem nenhuma diferença com a posição do escritor Leon Tolstoi em relação à importância de uma abordagem local para qualquer tipo de problema universal: Eu sou a causa. Tudo começa em mim.




CLIQUE NO GLOBO E ESTEJA CONVIDADO PARA A SEMANA AMBIENTAL, NO COLÉGIO ESTADUAL MAXIMINO BENASSAT



A PALESTRA (clique na foto)
E MEUS ALUNOS ENTENDENDO A LIÇÃO
SEMANA DO MEIO AMBIENTE - E.E. MAXIMINO BENASSATI

CONHEÇA O BLOG DO PROJOVEM AEROPORTO

14 comentários:

Roseli Venancio Pedroso disse...

Oi Fernando,
Bem legal essa postura sobre o meio ambiente. Não vivemos á parte disso tudo. Somos parte do meio e temos nossa parcela de responsabilidade. Temos nosso quinhão e missão a realizar. Tratar a natureza com respeito e carinho afinal, é nossa casa.
Bjs

Suzana Gutierrez disse...

Oi Fernando

É sempre bom refletir sobre este entrelaçamento (que é indissociável) das questões micro e macro.

abraço!

Suzana

Miriam disse...

Oi Fernando!
Penso que é muito interessante a postura que o Dr. Ofeni propõe e que você explica tão bem aqui: pensar globalmente e agir localmente!
Parabéns pelo post!

Jenny Horta disse...

Com certeza amigo, temos não só que esverdear: respirar verde, comer verde, amar verde... Sem que para isso sejamos chatos! Basta mudar pequenos hábitos: tipo, levar uma boa e grande sacola -como nossas avós, lembra? - ao supermercado pra não precisar daquelas milhares de sacolinhas -ah! a vida é corrida? - deixe-as de reserva no carro.E por aí vai! Seja bem vindo ao mundo verde. Agora só falta eu te convencer a votar na Marina...he he EU sou +1! Seja também!

Alan Guilherme disse...

Meu caro,
como sempre, você está de parabéns. Nosso trabalho é o de multiplicar e trazer boas notícias. Sinto orgulho por poder compartilhar contigo destas idéias cujos objetivos são sempre voltados à configuração de um mundo melhor para todos.

Cybele Meyer disse...

Olá Fernandão,

perfeito o seu artigo. As pessoas têm as melhores intenções e pensam sempre em salvar o mundo, porém como esta ação está tão distante delas, acabam desistindo. Na verdade, para salvar o mundo é preciso iniciar pelas ações mais simples como fechar a torneira para escovar os dentes, lavar o quintal com a água da máquina de lavar, ter na bolsa sempre um copo para beber água e outras ações simples que qualquer um pode executar e que se todos executarem, salvaremos o mundo. #simplesassim
E termino usando sua frase: "Tudo começa em mim."
Parabéns!
Sucesso com os alunos
beijinhos

Marcinha Girola disse...

Olá, amigo

É, para se começar uma melhora no mundo, precisamos mesmo começar pelo final do seu texto...

Quem dera que as crianças aprendessem essa consciência crítica em casa, não é mesmo? Digo isso pelo exemplo do meu filho, hoje com 4 anos, já sabe a diferença entre lixo e, nas palavrinhas dele, "lixo onde que não é lixo". E ele aprendeu com a avó. Mas só para ter uma ideia, durante anos eu tentei convencer meus pais a separar o lixo, mas como moravam em apartamento, diziam que ninguém no prédio separava, então, eles não seriam os únicos a separar... Hoje, eles sabem melhor do que eu, os dias e horários de coletas...

Por fim, cabe à escola, ensinar, problematizar e fazer as relações para além dos muros da escola. Assim, podemos acreditar que as sementinhas foram plantadas, e que, com o tempo, alguém ainda há de colher os bons frutos, né?

Marli Fiorentin disse...

Querido Fernandão!
Tenho batido nessa tecla. Nada faz sentido se não for para a nossa felicidade e a do outro. E isso é mais simples do que imaginamos, basta que nos contentemos com as coisas essenciais da vida. O meio ambiente preservado é uma delas. Na escola, temos que colocar me prática os princípos de Delors: principalemnte o "Saber fazer". Estamos numa distância sempre grande entre o conhecimento e a prática desse saber no dia a dia. Todo mundo está careca de saber que desse jeito o mundo vai a pique e que todos sofremos e sofreremos os efeitos desse descaso.Também temos na ponta da língua que soluções podem salvar o planeta. Mas o problema é colocar em prática, abrir mão de vantagens pessoais pensando no coletivo, que por sua vez volta pra nós no bem ou no mal. Até quando a escola vai ficar só no discurso? Parabéns, Fernando, por se envolver nessa causa nobre. Beijo!

Rodrigo Sachetto disse...

Fernandão...
Foi legal a colocação das imagens...
deu para perceber o que acontece...
agora..
todos temos que nos juntarmos a favor desta causa....
Estamos ai...

Anônimo disse...

É inegável a importância das ações individuais. Primeiro mudo a mim mesmo, para depois tentar [ou não] mudar o mundo. Concordo plenamente.

Discordo da ideia que a escola é o local adequado para ensinar "felicidade". Isso se aprende em casa, no exemplo dos pais e na firmeza em educar. A escola pode ser, sim, uma parceira nesta relação.

Gostei muito da reflexão!

Unknown disse...

Olá amigos, vem aí a 2ª Olimpíada Nacional em História do Brasil (ONHB). As inscrições acontecem de 1 de junho a 6 de agosto.
Se puder, nos ajude a Divulgar! =D
A Olimpíada, composta por cinco fases online e uma presencial, é destinada a estudantes do 8º e 9º anos do ensino fundamental e demais séries do ensino médio, de escolas públicas e privadas de todo o Brasil.
Para orientar a equipe, formada por três estudantes, é obrigatória a participação de um professor de história.
A Olimpíada começa no dia 19 de agosto, dia nacional do historiador, data que celebra o nascimento e o centenário da morte do jornalista e historiador Joaquim Nabuco.
A iniciativa é do Museu Exploratório de Ciências da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Em 2009, a ONHB inscreveu mais de 15 mil participantes e reuniu cerca de 2 mil pessoas na final presencial.
Mais informações acesse o site “www.mc.unicamp.br”

Francisco Ofeni Silva disse...

Prezado Fernandão!
Parabens pelo belíssimo trabalho que voces estão realizando. Agradeço pelas considerações feitas, pois isto me motiva a proseguir neste trabalho ambiental que um dia nortei minha vida profissional. Numa quarta-feira à noite, véspera de um feriado prolongado, de repente vc encontra um grupo de educadores, numa escola localizada num dos mais pobres bairros de Muriaé.Soma-se a isto um grupo de pessoas que não tiveram a oportunidade quando jovens estudarem, talves muito vieram do campo, mães (com crianças) sentadas agora num banco escolar, para recuperar na educação um tempo precioso perdido, e com isto concretizarem alguns sonhos.De repente voce começa a ver claramente uma mistura de educadores com pessoas simples e humildes, naqueles bancos daquela escola, oito horas da noite vespera de feriado.Atenção, carinho,brincadeiras, alegrias, conhecimento, amizade, apredizado, respeito...é vivenciado naquele ambiente do Projovem.E a gente percebe rapidamente, o trabalho de educação humana que vocês do Projovem desenvolvem. Dificil é para aqueles que sabem do valor da educação não se emocionarem.

Unknown disse...

Fernadão,

Parabéns pela iniciativa. Realmente a melhor maneira de começar a mudar o mundo e mudando o indivíduo, e entender como o mundo funciona e a parcela de cada um de nós nesse funcionamento é primordial para melhorarmos como pessoas e como comunidade.
Saudades de você!!!!
e orgulhosa pela iniciativa!
Grande abraço.

Maria das Graças disse...

Creio firmemente que você, meu irmão, faça a diferença onde você atue como tem feito diferença em sua vida,conm seus alunos, em seu blog, em sua atuação profissional... de conteúdo!
Pena que neste país ( por que não dizer local?)nem todos sejam escolhidos por mérito, por competência para ocupar cargos e exercerem funções que resultariam na verdadeira educação, a que geraria consciência, a que formaria cidadãos livres, de respeito, de ação voltada ao bem comum. Pena que muitos projetos sejam trampolim para outros fins que não a Educação.
Volto a dizer: Creio firmemente...você sabe como fazer... Parabéns!Abraço Dadace