Não existe limites para os novos coronéis da religião, seus "currais eleitorais" estão em permanente expansão e o cabresto da fé entra como uma aura divina na cabeça do rebanho, por isso, ainda faltando quase dois anos para as eleições presidenciais já começaram a cortejar estes votos... É a subversão total da democracia.
Não tenho condições de mensurar o poder que esta nova oligarquia religiosa tem na vida política do país, mas a julgar pelo presidente eleito na Comissão de Direitos Humanos e Minorias, Pastor Marco Feliciano (clique), creio que não haverá mais limites para estas incoerências, isto porque a política é movida a dinheiro e, excluindo raríssimas exceções, muitas pessoas quando bem sucedidas na vida, mesmo sem nenhuma vocação social, por vaidade, orgulho ou interesse financeiro, acabam se enveredando pela vida pública, mas não passam de formigas lava-pés perto destas graúdas saúvas que transformam suas igrejas em birô eleitoral.
As "igrejas das sacolinhas" controlam todos os cargos eletivos em todas as esferas da república, prevalecendo suas conveniências e interesses particulares, fazendo cobranças a "seus" políticos que deveriam ser prerrogativas do povo, só o voto distrital conduziria este controle político a seus verdadeiros donos, e estes parlamentares passariam a prestar conta de suas ações, não a alguns poderosos "gatos pingados", mas a SEUS eleitores, nos distritos eleitorais.
Não estou aqui só para demonizar políticos evangélicos, afinal não foi um pastor que construiu castelo aqui em Minas Gerais, muito menos era evangélico o Deputado João Alves (anões do orçamento) que ganhou 200 vezes na loteria, mas todos sabem que muitos religiosos não são modelos de honestidade, e isso ficou evidente em vários escândalos (veja o vídeo abaixo) como o da máfia das ambulâncias, quando a metade da bancada evangélica do Congresso estava envolvida ou o bispo condenado no mensalão, mas o principal objetivo desta postagem é mostrar os malefícios da concentração de poder, e este é apenas um dos vários aspectos negativos que precisamos mudar em nossa prática democrática.
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