Nessa época pré-eleitoral bipolar, em que as “unanimidades rodriguianas”
nos levam à divisão da humanidade entre “esquerdeopatas” e “direiteopatas”,
apesar dos aécios, perrelas, paulos pretos, roubo de merendas, Rodoanel e
helicópteros com cocaína, sobretudo, apesar do PSDB, continuo revendo minhas
verdades e insistindo no “caminho do meio”, também cogitando no pensamento espaços para a abrangente ideia da social
democracia dentro do meu pragmatismo racional, sempre retificando quando for preciso e ratificando o meu seixismometamorfoisico às velhas opiniões formadas sobre tudo.
Além disso resolvi escrever sobre esse assunto em reação a ignorância e a desinformação daqueles que colocam no mesmo balaio do comunismo todas as matizes políticas e econômicas que não seja a da extrema direita, e no mesmo balaio do fascismo qualquer pensamento democrático liberal que enxergue o emprego e a redução de impostos, benefícios sociais maiores que os atuais planos assistenciais do governo.
Tudo que escrevo é fruto do meu contraditório idealismo pragmático,
como na letra de Ferreira Gullar na canção de Fagner, do “meu
coração sempre dividido entre o sonho e a razão", se não fosse por isso
acreditaria no “Fim da História" de Francis Fukuyama, mesmo sabendo que o
capitalismo é o mais eficiente sistema na produção de riquezas.
O dia-a-dia me mostra que esse "fim da história" jamais acontecerá,
ao contrário, Adam Smith deve estar se revirando no túmulo, se já não estiver
de ponta cabeça, depois que os EUA, o maior país capitalista liberal do planeta,
ter injetado trilhões de dólares para salvar as maiores companhias americanas
na crise de 2008, uma interferência do Estado " muito mais radical, à esquerda,
do que as medidas praticadas por Lord Keynes para debelar a “Crise de 1929".
Minhas dúvidas são comuns a todos que tem sinceras preocupações
com o equilíbrio fiscal e a boa gestão, mas não consigo esquecer as demandas
sociais que só o capitalismo pode fazer frente em uma país pobre como o nosso.
Minha teoria “budistaaristotélica singular, ímpar, de centro”,
concilia a eficiência na produção de riquezas com gastos sociais extremamente
necessários em um país carente e desigual como o nosso, e essa visão não
tem sustentação alguma, quer seja no socialismo científico de Karl Marx ou
no capitalismo liberal de Adam Smith, meu medo aqui é que a lógica petista
socialista mate a "galinha dos ovos de ouro" e confirme o prognóstico da
ultradireitista Margaret thatcher: "O socialismo dura até acabar o dinheiro
dos outros".
Esse meu entendimento de economia não está nos planos da esquerda,
tampouco da direita, nos dois predominam "a fome com a vontade comer"...
um lado quer acabar com a fonte e o outro quer concentrar a água para poucos
beberem. A hegemonia de qualquer um dos lados será o mais completo caos.
SOBRE O TÍTULO: Para Nietzsche o homem pensa coletivamente, "de rebanho só sobrevive na unanimidade". Talvez Nelson Rodrigues tenha se inspirado no filósofo quando cunhou sua famosa frase... "toda unanimidade é burra"
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