sábado, 26 de dezembro de 2020

VERDADES DE ALGIBEIRA

RASCUNHO E DIVERSÃO ONLINE 


     Minha amiga fez post comentando sobre “os tempos sombrios da ditadura no período pós-64 em que o AI-5 nos amedrontava como uma grande capa negra sobre nossas cabeças, prendiam-se jornalistas, artistas, pessoas que quisessem manifestar-se livremente (...) amordaçavam pessoas, torturavam pessoas, machucavam pessoas, enforcavam pessoas, quebravam vertebras das pessoas. Faziam de tudo para calar quem se atrevesse a abrir a boca contra o establishment ditatorial”
        Um amigo dela comentou:
“Com todo respeito, você tem provas de que isto mencionado verdadeiramente ocorreu? ”
        Aí também fui lá e opinei:
    Fiz isso mesmo sabendo que “FATO não é opinião para Pedro Pedreira, da escolinha do Professor Raimundo, "se não aconteceu a Queda da Bastilha, não houve Revolução Francesa, e se ela não aconteceu", a conclusão lógica para quem gosta de negar os fatos é que guilhotina é coisa de quem sentava à esquerda do rei, na Assembleia Nacional”, se fosse hoje seria "
coisa de comunista" ou " intriga da oposição".                        
     

          Comentei porque tenho grande admiração por esta amiga, mas ultimamente, por causa da polarização, perdi o gosto nestas participações, e isso aconteceu porque participava para aprender, mas não encontrava a contrapartida daqueles que só queriam ensinar.
       Dou azar, só encontro gente distorcendo FATOS para ajustá-los às suas crenças, e isso não me acrescenta nada, além de contribuir para a desinformação.
      Se o assunto é racismo lá vem o outro com ar professoral, "atacando uma coisa com outra coisa parecida", com um escancarado preconceito educacional, por causa de uma discussão política, achando que não sabia o que é preconceito estrutural, e  decretou que sou "racista, e que eu nem percebo que sou", em parte até tem alguma razão, porque sendo brasileiro e criado com a nossa cultura, certamente sou um racista, mas um "racista em desconstrução", não me
 mostrou o que escrevi que justificasse essa sua afirmação sem contexto, seria como, também num fogo amigo, pela nossa herança patriarcal ele me chamasse de machista, mas eu também sou um "machista em desconstrução", mas para isso teria que apontar uma fala ou atitude inconsciente para que fizesse essa suposta afirmação. 
          Hoje, vi outra pessoa, com o pensamento político no extremo oposto do questionador da minha amiga, exaltando Lula por ter dado fim à dívida com o FMI, que aumentou a reserva cambial, diminuiu a dívida pública, etc., mas não citou a "carta de intenção", que Lula manteve com Palocci, não citou o segundo mandato e o desfecho econômico com o contingenciamento do governo Dilma iniciado com o ex-ministro Joaquim Levy.
        Em vez de discussão, sigo minha máxima na impessoalidade diante dos fatos, examino a posição contrária antes de opinar e não tenho preguiça de ir ao Google e clicar, por exemplo, sobre a HISTÓRIA DA DÍVIDA BRASILEIRA do final do período militar e suas consequências econômicas. 
          Como sei que as interpretações sob a ótica ideológica irão extrapolar os FATOS, não tenho paciência e não perco mais o meu tempo discutindo, apenas opino no meu espaço e só fico decepcionado com as presunções de pessoas que carregam prontas na algibeira as suas verdades pessoais.

 







Nenhum comentário: