“(...) Partiu de uma premissa equivocada, para não dizer falsa, de que somos iguais,
claro que somos iguais perante a lei, mas nós somos apenas semelhantes, somos
do reino animal, da espécie humana, então somos semelhantes, mas cada um de
nós tem suas aptidões, seu temperamento, seu modo de ser, sua dedicação ao
que faz e sua responsabilidade naquilo que assume.
Nós convencíamos as pessoas
de que aquela coisa de ficar preso ao passado não tinha sentido, e que nós
precisávamos fazer alternância de poder no Brasil, até para fortalecer o
regime democrático ”
Do meu conterrâneo, muriaeense, José Alencar, vice-presidente de Lula em seus dois mandatos (
Aqui)
"Todas as minhas verdades são, pra mim, verdades sangrentas" (Nietzsche), por isso é
sempre muito penoso tirar máscaras e mudar conceitos quando novos argumentos se apresentam
mais consistentes do que aqueles que até então eu acreditava, mas esta postura faz
parte de uma dinâmica, às vezes dolorida, mas perfeitamente compreensível para
quem entende que só a burrice é estática. (Aqui, segundo parágrafo)
É impressionante a miséria intelectual de alguns militantes partidários em negar o mensalão, que, por inocência
ou má fé teimam em não enxergar este “óbvio ululante”, com isso atacam com uma inacreditável estreiteza
moral todos que se manifestem indignados com este que foi o "mais atrevido
e escandaloso caso de corrupção e desvio de dinheiro público flagrado no
Brasil, que instituiu uma sofisticada organização criminosa com o objetivo
espúrio de comprar os votos de parlamentares".
Conheço como ninguém a lógica destas pessoas, sei exatamente o que pensam,
o que sentem e o que são, e não sou nenhum vidente, astrólogo ou profeta, primeiro, porque, como elas, já acreditei na mesma igualdade que pregam, e depois porque tenho um hábito que elas não gostam ou tem medo de fazer... verticalizar
o pensamento e buscar as singularidades que me caracterizam individualmente como ser humano, em vez disso reproduzem uma orientação padronizada de sociedade, com respostas prontas para todos os problemas sociais, e acham que para fazer o "bem" no campo político precisam apenas permanecer indefinidamente no poder, ainda que para isso tenham que usar a máxima de Maquiavel... "os fins justificam os meios".
Seus militantes se recusam a pensar com
autonomia, tem um pensamento coletivo, e a mediocridade faz com que
passem o tempo todo repetindo o pensamento dos outros, em especial de dois ou três jornalistas, e com estes clichês vão sufocando em si toda e qualquer atitude original
e criativa.
Sei, no fundo do meu coração, o quanto sou falso, dissimulado, intolerante, invejoso, maledicente, vaidoso, mentiroso, egoísta e orgulhoso, o quanto observo, nos mínimos detalhes, minhas motivações interiores mais profundas, sofro quando falo ou faço alguma coisa que possa prejudicar alguém, pior, sou reincidente em minhas más intenções, mas, ainda assim estou sempre seguindo um inexplicável
imperativo da consciência,
lutando contra estas terríveis, subterrâneas e primitivas forças que a condição humana me impõe. Aí fico pensando... se estou muito aquém do que desejo, mesmo tentando me afastar diariamente deste
"
cálice tinto de sangue", numa luta cheia de sofrimento, culpa e expiação, buscando redenção para crescer e evoluir, qual será então condição destas pessoas que nem sequer tem estas preocupações e se enxergam tal qual se veem no espelho, inteligentes, imaculadas, acima
do bem e do mal, cheias de virtudes e boas intenções?
São como parafusos fabricados em série com o objetivo menor
de se encaixarem milimetricamente numa porca ideologia ultrapassada para a qual não
passam de meros porta-vozes, eles sim são "massas de manobra",
exatamente o adjetivo que gostam de impingir a todos que divergem de suas orientações, supostamente libertadoras.
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