"... o autor do desenho colocou o ateu em destaque, mas associar o ateísmo à verdade também é um forma de intolerância e dogmatismo..."
Como filósofo por formação, tenho uma tendência a dar mais credibilidade
à razão e à ciência, e, por não ter religião comumente sou confundido com
ateu, mas se o Fernandão também fizesse parte desse
desenho animado, a tarja de “ateu” (atheist ) seria imediatamente rejeitada
por mim.
Como sou igual a todos, também sou único, e difícil de ser rotulado, talvez me coloque, em alguns pontos, próximo ao deísmo, que a religião não deva contradizer a ciência (criacionismo,
por exemplo), e também por valorizarem o livre pensamento e as experiências
pessoais, fora isso não tenho mais nenhuma semelhança com eles.
Existe o conceito que o ateísmo não é a fé no nada, mas a ausência de fé,
mas dar as costas para as religiões e associar ateísmo à verdade também é uma forma de intolerância e dogmatismo, logo, colocaria o ateu no mesmo saco... e foi só isso que consegui enxergar no desenho.
A mesma coisa observo nessa reta final da campanha política, vendo uma cisão inconciliável entre aquilo
que acredito e as posições das pessoas que pensam diferente de mim, se o tema do desenho,
em vez de religião fosse política, como o personagem
ateu, também estaria dando as costas e caminhando em direção oposta às Dilmas e às Marinas... Dogmatismo político?
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