segunda-feira, 5 de novembro de 2018

LIBERDADE DE CÁTEDRA E AUTONOMIA PEDAGÓGICA

RASCUNHO ONLINE

 
".... precisamos pensar nas inquisições que estão se criando em nossa sociedade e nos inquisidores forjados debaixo de nossos olhos, principalmente, pelo medo e pela ignorância multiplicados pela manipulação" Tatiane Martins (clique no link)






             Tenho um orgulho danado do Professor Doutor Edimilson Mota, acompanho sua trajetória de vencedor há muitos anos... do professor que fazia “bico” fotografando os formandos na FAFI de Muriaé, depois tive o privilégio de compartilhar meu dia-a-dia com ele no CCEM (Centro Cenecista Educacional de Muriaé), depois Secretário de Educação de Eugenópolis e Professor Doutor na UFF,  capacidade reconhecida e admiração de todos os amigos.
             Sou contra qualquer tipo de censura, principalmente se atentar à "liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento”, por isso fico revoltado com tanta gente que não é do ramo dando opinião sobre a “lei da mordaça”, mas quero abordar essa liberdade por outro viés, partindo do pressuposto que qualquer atividade para ser bem sucedida precisa de planejamento e método, e acho um equívoco o professor ter liberdade total para construir o conhecimento junto com seus alunos... é improdutivo, a educação pela importância que tem, precisa de um amplo planejamento e, principalmente, padronização e controle (avaliação de desempenho).
                  O Senador Cristovam Buarque, primeiro ministro da Educação do ex-presidente Lula, jogou uma semente em meu coração e desde então eu a tenho regado, esperando que um dia possa florescer... a  FEDERALIZAÇÃO DO ENSINO FUNDAMENTAL (clique no link):
“Você já reparou que uma agência do Banco do Brasil é igualzinha em qualquer lugar que você for? O funcionário do Banco do Brasil ganha o mesmo salário, não importa a cidade rica ou pobre onde ele trabalha e o método de trabalho é o mesmo de norte a sul do país. Por que isso não acontece na educação?"
Não sei como acontece hoje, mas até minha aposentadoria, de tempos em tempos, as editoras mandavam seus livros didáticos para a escola e os professores tinham a liberdade para escolher aqueles que iam adotar, entre ofertas de dezenas de editoras, cada um completamente diferente do outro e, ao final, sem nenhuma padronização, cada escola adotava um livro diferente... essa autonomia pedagógica e ilógica e irracional, se a família muda de cidade, de estado, há uma descontinuidade nos estudos do aluno.
             Sou um “liberal etimológico”, completamente a favor das “liberdades”, mas a autonomia pedagógica, e de certa forma, também a liberdade de cátedra, sem os parâmetros citado acima, somados aos pífios resultados da nossa educação, que em um ranking entre 36 países, em 2017, o Brasil ficou em penúltimo lugar, faz com que tanta gente queira opinar
            O Brasil gasta mais em educação em relação ao PIB que a média de países desenvolvidos, e se gasta muito e não tem resultados positivos, dá margem para que tantos desinformados façam criticas a "lei da mordaça", é apenas uma das muitas formas de atacar o que não funciona. 
               Não conheço o projeto de lei sobre a "Escola sem Partido", mas sei que igual a mim tem muita gente opinando também sem conhecer, apesar de ser contra todo tipo de censura, não acho ético usar a "livre cátedra" para pregar "livremente", por exemplo, a própria religião ou o partido político que milita, para mim é uma espécie de "assédio religioso" ou "assédio político/ideológico", e acreditem, não fico apenas na retórica, na prática (clique no link) sempre fiz isso, não existe neutralidade, sempre busquei a imparcialidade, mas uma pergunta ter que ser feita, por quem defende e por quem é contra... a escola sem partido tem partido?


No último link "na pratica", primeiro e segundo parágrafos
Legendei o vídeo só em duas partes para contextualizar



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