Liderada por Plínio Salgado, a AIB tinha como lema “Deus, Pátria e Família”, eram antidemocráticos, pregavam um nacionalismo de extrema direita e, fundamentalmente, negavam a pluralidade e a diversidade humana, idealizando uma sociedade homogênea, sem diferenças ou contradições.
Mais significativo que o fato histórico em si, foi o batepapo decorrente do assunto, quando abordamos temas que variaram do racismo às mais diversas formas de preconceitos, inclusive sobre sofisma, mas, sobretudo, sobre a necessidade de se valorizar e desenvolver a autonomia e a criatividade, sempre sufocada por aqueles que pretendem uma padronização do ser humano e uniformização da sociedade, moldados por fundamentalismos e moralismos ultrapassados, sem nenhuma sintonia com a realidade ou com a essência humana.
O mundo atravessa uma profunda crise moral e a principal causa é o medo que as pessoas tem de olhar para dentro de si mesmas, e, exatamente por esta superficialidade, cuja principal característica é a negação em se pensar com autonomia, que as levam a deixar que alguém pense por elas, dispensando toda forma de autenticidade, tornando-se presa fácil para os manipuladores, particularmente aqueles que infestam a política e a religião.
A mediocridade faz com que passem o tempo todo citando e repetindo clichês (se você conversa com um, sabe exatamente o que todos pensam), sufocando em si qualquer pensamento ou atitude original e criativa. Por sentir mais orgulho de seus líderes do que de si mesmas, não fazem outra coisa a não ser imitar, repetir e COMPARTILHAR
A única saída é treinar a criatividade, que é uma habilidade que pode ser totalmente aprendida e estimulada, que todos somos potencialmente criativos, mas por questões educacionais, familiares, sociais ou religiosas, deixamos de exercitá-la.
Acredito firmemente nas palavras de Paul Johnson (pg.11), que a “criatividade é a mola do mundo” e as “novas idéias somente emergem onde as pessoas são livres para pensar”, “que todo ato criativo, mesmo quando ele surge de um lampejo, é fruto de muito trabalho, estudo e conhecimento.”
É nisso que acredito... todo meu esforço acaba sempre indo em direção à criatividade, na perspectiva de que a inovação sempre atraia e traga prazer, que torne tudo mais significativo... para mim e para meus alunos
5 comentários:
Muito bom!
Recebi sua crítica, Geraldo, e agradeço a discrição em mandá-la por e-mail. Também evito polêmicas, tanto que retirei o complemento da frase onde citava “capítulos” e “versículos”. Quis apenas mostrar que também existe falta de criatividade e radicalismos nas religiões
Muito bom Fernando!
O vídeo muito interessante, a reflexão excelente.
Valeu-me muito a visita aqui hoje.
Parabéns amigo.
Muito bom!
Você com certeza é um daqueles professores de História que simplesmente nos fazem mergulhar no passado e sentir um desejo de melhorar o presente...
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