Abordagem de temas políticos em sala de aula tem sido assunto recorrente nos
jornais e nas redes sociais, particularmente sobre o movimento
Escola Sem Partido, na foto que aparece no link, alguns estudantes estão segurando uma faixa, com os dizeres "Não à Ideologia de Gênero", assunto que não está relacionado à doutrinação em sala de aula, mas que também já
abordei aqui. Como podem constatar, parece até que comungo das mesmas ideias.
Minha discordância não é contra abordar política ou qualquer outro assunto em sala de aula, uma coisa é imparcialidade (não falo neutralidade), a outra é o professor manifestar sua opinião pessoal como se ela fosse única, absoluta e inquestionável.
Semana passada do IF-Sudeste, na passeata contra a PEC 241, observei nos comentários da reportagem de cobertura do site de
Silvan Alves,
um aluno reagindo ao comentário de alguém que disse: " tem dedo de doutrinação
de professores nisso”, e destaco um trecho da resposta: “Pior que doutrinar
é ensinar errado”.
Não vou entrar no mérito, mas acho que são extremamente necessárias as abordagens
políticas em sala de aula, eu mesmo sempre fiz muito isso... Vide primeiro
parágrafo
desta postagem, mas, ao contrário do que disse o aluno, “doutrinar” é sempre um desserviço à Educação.
Pressupõe-se que o correto seria informar, e para isso o professor deve chamar ao debate alguém com
opinião contrária para fazer contraponto, saber o que pensa quem tem opinião
diversa , e, baseado em
fatos, chegar a uma conclusão.
Independente de se criar novas leis, o que deve prevalecer em sala de aula é a honestidade intelectual, e o professor deve saber, sem nenhuma sombra de dúvidas, o que realmente
importa quando se trata de ensinar e educar
Nenhum comentário:
Postar um comentário