O POLÍTICO QUE FEZ A MINHA CABEÇA

PARA EQUILIBRAR VALORES, NADA MELHOR DO QUE FALAR DE UM POLÍTICO QUE FOI O EXTREMO OPOSTO DOS POLÍTICOS QUE CONHECEMOS - REPUBLICAÇÃO POR CAUSA DAS ELEIÇÕES (POSTAGEM DE 03/08/2009)

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(Veja o Blog que preparei sobre a trajetória política de Gandhi no final da postagem)

"Embora tenha que enfrentar a perspectiva de formar minoria de um só, creio humildemente que tenho coragem de encontrar-me numa minoria tão desesperadora” Gandhi

            Assumo sempre minha condição de sonhador, mas “não sou um utópico, sou um idealista prático”, por isso tenho consciência de que nós, professores, entre todas as outras profissões, somos os melhores formadores de opinião, capazes de transmitir idéias construtivas que contribuam para a formação de raciocínios lógicos que possam, de fato, alterar qualquer prática que não seja justa e que não corresponda à vontade da maioria.
            A política brasileira chegou a um nível de degradação tão crítica, que todos os dias somos bombardeados por escândalos que nos enche de vergonha, revolta e indignação, por isso atiramos para todos os lados, sem de fato direcionar para aquilo que realmente precisa ser mudado. Precisamos com urgência é de uma profunda reforma política, executada por todos os setores representativos da sociedade, caso contrário, sem participação popular, nosso políticos continuarão, como sempre, a legislar em causa própria. (01/10/2010 - Vide lei do "ficha limpa")
            Logo após sua vitória nas últimas eleições, o presidente Lula iniciou o discurso de posse dizendo que sua prioridade para o segundo mandato seria a reforma política. Sua promessa não pode ser cumprida porque nossos políticos deturparam as palavras de Francisco de Assis e transformaram o “é dando que se recebe” em uma prática corriqueira... os membros do Poder Legislativo barganham cargos em estatais, verbas para diversos fins e toda sorte “benécias” que a posição que ocupam lhes permite em troca de apoio político ao Executivo, e qualquer mudança na legislação poderia lhes fechar as torneiras destas fartas "tetas do governo".
            Depois da notícia daquele majestoso castelo em Minas Gerais, ficou patente que a ambição e a vaidade dos nossos representantes não tem limites, e nada melhor para equilibrar valores do que falar no extremo oposto, um político completamente diferente, este sim, um verdadeiro franciscano... Mahatma Gandhi.
            Mohandas Karamchand Gandhi deixou para a humanidade a certeza de que nada é impossível quando se luta por uma causa justa, que “o desejo sincero e profundo do coração é sempre realizado”, e seu legado influenciou homens que provocaram grandes transformações e melhoraram a vida de milhares de pessoas como, por exemplo, Martim Luther King e Nelson Mandela, cujas ações, declaradamente, foram inspiradas por ele.
            Foi o líder espiritual e político que libertou a Índia do domínio britânico usando apenas uma poderosa arma: a verdade. Deixou que a brutalidade do dominador ficasse flagrante diante da não-violência, conseguindo com isso, criar uma unidade em um país com dimensões continentais, fragmentado por conflitos internos, onde se encontrava (e encontra-se até hoje) a maior diversidade étnica do mundo, numa multiplicidade de religiões, seitas e grupos lingüísticos inimagináveis para nós ocidentais (quinze idiomas e mais de mil línguas e dialetos menores).
            É mais educativo dar ênfase aos protagonistas do que propriamente aos fatos históricos em si, pois são as experiências humanas que realmente nos ensinam as grandes lições de vida e, muito mais do que uma aula de História sobre o fim do colonialismo britânico na Índia, divulgar as idéias de Gandhi, é entrar em contato com um pensamento que normalmente não encontramos em nosso dia-a-dia, mas que pode influenciar, decisivamente, todas as nossas ações cotidianas.
            Com muito carinho preparei um blog sobre sua trajetória “política”, para auxiliar na preparação de aulas de História sobre o "Imperialismo", mas que pode ser útil em qualquer conteúdo que aborde o “humanismo”.

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