"Não interessa o salário, trabalhamos por
amor", diz médico cubano
Não se trata de uma postura de direita como os maniqueístas gostam de me rotular e classificar por aqui quando não comungo 100% daquilo que acreditam, mas afirmo que a declaração do
porta-voz da delegação de médicos cubanos, apesar de filosófica e humanista,
não deve representar a opinião de todos, já que é uma postura eminentemente
individual. Posso até afirmar que leciono por amor... por vocação, e que meu
salário é menos importante que o prazer que sinto com minha profissão, mas esta
afirmação não pode ser coletivizada e representar todos os colegas de minha
escola.
Mas
ainda assim é preferível um médico estrangeiro lá em "São Cú do
Mundo", sem nenhuma infra estrutura, do que não ter nenhum. Acho que o
Brasil tem mais é que aproveitar este “nicho de mercado” criado por Cuba e
tentar assistir nossos irmãos desamparados de todas as maneiras possíveis, e, neste caso específico, não existe lei alguma que uma boa
medida provisória não possa resolver.
O Brasil vive um
estado de calamidade pública em termos de saúde e educação, ainda assim, os médicos
brasileiros, ao contrário dos professores, são considerados pela população como semideuses onipotentes, pelo menos é esta a visão da jornalista potiguar no Facebook (acima) e, como o próprio regime cubano, existe
males que vem para bem, e mesmo nas piores situações ainda podemos tirar algum proveito, e até esta declaração racista serviu
para aumentar meu respeito aos médicos cubanos... tem cara de simples mortais, e, como as dos professores da rede pública... tem rostos de brasileiros comuns!
Em contra
partida não acredito em “solidariedade coletiva de Estado”, principalmente
quando não são levados em conta os interesses e as iniciativas pessoais, como
também não creio em nada que não é discutido e decidido com liberdade, por isto a charge acima retrata uma realidade incontestável.
Também não
levo para o lado ideológico e nem chamo de "escravidão" a tão propagada diferença entre o valor pago pelo Brasil e a
remuneração que os médicos cubanos receberão, acredito mais na boa causa... Cuba formará novos médicos e o mundo sairá ganhando.
A única dúvida é que se o governo cubano deixar que as famílias destes médicos saiam de Cuba e, junto com seus maridos e esposas, participem também desta "cruzada de solidariedade", acho que nenhum deles voltaria para a ilha.
Coitados dos nossos
politiqueiros de plantão. Será que nunca vão entender o que seja desprendimento ideológico? Livre Pensamento? Pragmatismo? Será que não podem fazer um esforço para entender e tirar proveito este tipo de "solidariedade", ainda que seja um marketing do regime cubano, impondo de cima para baixo uma maneira de viver incompatível com a natureza humana.
Duvido muito!
2 comentários:
Estão criticando os médicos importados. E os nossos, são tão melhores assim? O que mais se tem notícia é a cobrança "por fora" nas cirurgias, sem se falar dos anestesistas fora dos planos e a consulta através exames laboratoriais. Os laboratórios cada vez mais suntuosos e pelo volume demandado o tempo garante uma segunda consulta. Diagnóstico por exame complementar? Cadê a consulta propriamente? cadê a anamnese?
Pobre paciente.
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