sexta-feira, 4 de julho de 2014

COSCUVILHICIES



           Em meu "autoretrato"aqui no blog (Quem Sou Eu), mostro, por simulações, os caminhos do pensamento que percorro para afastar-me da alienação provocada por idéias preconcebidas ou dogmáticas que possam me impossibilitar de questionar ou duvidar de qualquer assunto, quer seja sobre cultura, religião, política ou alguma outra maneira de ver o mundo... é a melhor vacina para prevenir contra qualquer tipo de sectarismo.
           Sempre fico encantado com as palavras novas que aprendo, principalmente aquelas difíceis até de pronunciar, e que não consigo ao menos imaginar o significado, isso que aconteceu quando li o texto que uma amiga compartilhou de um autor desconhecido, a palavra foi coscuvilhice, que significa aquilo que se diz, geralmente  de modo infundado sobre alguém.
          Não tenho saco para estas pessoas, principalmente em tempos de eleições, em vez de querer o melhor para o país, visitar os sites oficiais de todos os candidatos, comparar  item por item do programa de cada um, checar todas as denúncias, com acusações e explicações, esses "coscuvilhudos" preferem, irresponsavelmente, continuar afundando a república compartilhando inutilidades como se a disputa fosse futebolística, sem consequência alguma para o país...
         Faço minha cada palavra desse compartilhamento, porém, quando percebo que minha ação verbal se encaixa em qualquer uma dessas "coscuvilhicies", assumo a falha e faço a correção. Só assim consigo melhorar minha praxis, tirar a máscara e sair da crítica gratuita:

           "Já não tenho paciência para algumas coisas, não porque me tenha tornado arrogante, mas simplesmente porque cheguei a um ponto da minha vida em que não me apetece perder mais tempo com aquilo que me desagrada ou fere. Já não tenho pachorra para cinismo, críticas em excesso e exigências de qualquer natureza. Perdi a vontade de agradar a quem não agrado, de amar quem não me ama, de sorrir para quem quer retirar-me o sorriso. Já não dedico um minuto que seja a quem me mente ou quer manipular. Decidi não conviver mais com pretensiosismo, hipocrisia, desonestidade e elogios baratos. Já não consigo tolerar eruditismo seletivo e altivez acadêmica. Não compactuo mais com bairrismo ou coscuvilhice. Não suporto conflitos e comparações. Acredito num mundo de opostos e por isso evito pessoas de caráter rígido e inflexível. Desagrada-me a falta de lealdade e a traição. Não lido nada bem com quem não sabe elogiar ou incentivar. Os exageros aborrecem-me e tenho dificuldade em aceitar quem não gosta de animais. E acima de tudo já não tenho paciência nenhuma para quem não merece a minha paciência."

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