terça-feira, 19 de agosto de 2014

ONTEM PODERIA TER SIDO DIRCEU, BOLSONARO É UMA POSSIBILIDADE SIMILAR OPOSTA

RASCUNHO ONLINE
Título modificado em maio/2017

Resolução Sobre Tática Eleitoral e Política de Alianças
 14º Encontro Nacional do PT

"Nosso grande objetivo é, através das vitórias que obtemos nos espaços institucionais, democratizar o Estado, inverter prioridades e estabelecer uma contra-hegemonia ao capitalismo, capaz de construir um projeto de socialismo radicalmente democrático para o Brasil.” 
                                                          ZÉ JONG-UN
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         Em um país com dimensões continentais como o nosso, com uma sociedade heterogênea, multicultural, diversas concepções religiosas, morais e étnicas, é natural que as manifestações políticas também sejam distintas, e que cada um contribua à sua maneira para aperfeiçoar as instituições democráticas, mas em qualquer lugar onde a alternância no poder e a imprensa livre foram abolidas, e a sociedade foi conduzida por líderes carismáticos ou detentores da força, "o sol da liberdade em raios fulgidos" apagou e as trevas se manifestaram por longos períodos.
           
O problema é quando o espaço democrático é transformado em um mero meio para atingir fins que não representam a totalidade de uma população tão diversa como a nossa, corre-se então o risco de, uma
vez conquistados os objetivos, as portas sejam fechadas e a mídia calada, líderes supremos permanecem indefinidamente no poder e colocam cadeados e ferrolhos indestrutíveis, impedindo, como aconteceu na ditadura brasileira, na URSS e no Nazismo, qualquer possibilidade de retorno ao estado anterior.
·         
·         Aconteceu na ditadura militar, quando o suposto milagre econômico encobriu a tortura e a falta de liberdade;
·         Na URSS, Stálin, com a economia planificada e os planos qüinqüenais, a grande maioria da população russa, composta por camponeses que trabalhavam como semi-escravos nas terras da nobreza russa conheceram a urbanização, a industrialização e a coletivização das terras. Em contra-partida os Gulags, campos de trabalhos forçados, principalmente para presos políticos, ficavam nas sombras da prosperidade.
·         Na Alemanha Nazista, Hitler pegou uma nação destruída, em seus primeiros quatro anos de governo, o número de desempregados caiu de seis milhões para novecentas mil pessoas, o PIB cresceu 102% e a renda per capIta dobrou, aumentou o lucro das empresas de 175 milhões para cinco bilhões de marcos, a hiperinflação (http://super.abril.com.br/blogs/crash/como-a-inflacao-criou-hitler/), foi reduzida para 2% ao mês (bem longe do teto da nossa atual inflação), no entanto as trevas nos campos de concentração eliminaram seres humanos na mesma proporção da prosperidade econômica.

          Não se trata de aversão à esquerda, alarmismo ou algo parecido, mas a alternância evita algumas enfermidades políticas como o aparelhamento do Estado, a corrupção não cria raízes, a política externa não fica focada em apenas uma direção, evita principalmente que o governo fique parecido com as escolas de antigamente, em que as diretoras ficavam tanto tempo que se transformavam em "donas" do estabelecimento de ensino.
         Quanto à imprensa livre, o problema começa pela militância demonizando os meios de comunicação que criticam o governo, depois as reiteradas tentativas de estabelecer um "controle social e
'democrático' da mídia", priorizando blogueiros (de preferência que falem bem) ou pequenos jornais regionais que fariam qualquer coisa para conseguir publicidade do Estado, leia-se Petrobrás, Banco do Brasil,
Caixa Econômica Federal, ou mesmo propaganda exaltando as obras e feitos de quem os patrocina (PIG - Partido da Imprensa Governista).
            Não tenho ilusão alguma a respeito da grande imprensa, mas pelo menos o mal poderia ser  melhor diagnosticado e combatido com mais eficiência (as redes sociais hoje tem tanta força quanto) do que milhares de blogs e centenas de jornais pulverizados pelo interior que estivessem dependendo de verbas publicitarias para sobreviver... Se parar o bicho pega, se correr o bicho come.   
           Professor de História, trabalhando diariamente com essas informações, fiquei pensando na hipótese do mensalão não ter sido descoberto e outras denúncias como o  dinheiro da Petrobrás financiando partidos da base aliada do governo (clique aqui) tivessem continuado impunemente, e se o STJ não tivesse sido presidido por um jurista do naipe do Dr. Joaquim Barbosa para colocar na cadeia todos aqueles bandidos do alto escalão da república, certamente os decretos 7037 (Aqui aqui), o decreto 8243 (aqui),  e  emendas do tipo “prorrogar mandatos” e “Controle Social da Imprensa já seriam leis constitucionais, provavelmente teríamos José Dirceu como nosso líder máximo e assistiríamos em tela IMAX a confirmação da (até então) improvável História cíclica 



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