Título modificado em maio/2017
Resolução Sobre Tática Eleitoral e Política de Alianças
14º Encontro Nacional do PT
"Nosso grande
objetivo é, através das vitórias que obtemos nos espaços institucionais,
democratizar o Estado, inverter prioridades e estabelecer uma contra-hegemonia
ao capitalismo, capaz de construir um projeto de socialismo radicalmente
democrático para o Brasil.”
ZÉ JONG-UN
Clique nos links para expandir a visão sobre o assunto
Em um país com dimensões
continentais como o nosso, com uma sociedade heterogênea, multicultural, diversas concepções religiosas, morais e étnicas, é natural que as
manifestações políticas também sejam distintas, e que cada um contribua à sua
maneira para aperfeiçoar as instituições democráticas, mas em qualquer lugar onde a
alternância no poder e a imprensa livre foram abolidas, e a sociedade foi conduzida por líderes carismáticos ou detentores da força, "o sol da
liberdade em raios fulgidos" apagou e as trevas se manifestaram por longos períodos.
O problema é quando o espaço
democrático é transformado em um mero meio para atingir fins que não representam a totalidade de uma população tão diversa como a nossa, corre-se então o risco de, uma
vez
conquistados os objetivos, as portas sejam fechadas e a mídia calada, líderes supremos permanecem indefinidamente no poder e colocam cadeados e ferrolhos indestrutíveis, impedindo, como aconteceu na ditadura brasileira, na URSS e no Nazismo, qualquer possibilidade de retorno ao estado anterior.
·
·
Aconteceu na ditadura militar, quando o suposto
milagre econômico encobriu a tortura e a falta de liberdade;
·
Na URSS, Stálin, com a economia planificada e os
planos qüinqüenais, a grande maioria da população russa, composta por
camponeses que trabalhavam como semi-escravos nas terras da nobreza russa
conheceram a urbanização, a industrialização e a coletivização das terras. Em
contra-partida os Gulags,
campos de trabalhos
forçados, principalmente para
presos políticos, ficavam nas sombras da
prosperidade.
·
Na Alemanha Nazista, Hitler pegou uma nação
destruída, em seus primeiros quatro anos de governo, o número de desempregados
caiu de seis milhões para novecentas mil pessoas, o PIB cresceu 102% e a renda
per capIta dobrou, aumentou o lucro das empresas de 175 milhões para cinco
bilhões de marcos, a hiperinflação
(http://super.abril.com.br/blogs/crash/como-a-inflacao-criou-hitler/), foi reduzida para 2% ao mês (bem longe do teto da
nossa atual inflação), no entanto as trevas nos campos de concentração
eliminaram seres humanos na mesma proporção da prosperidade econômica.
Não se trata de aversão à esquerda, alarmismo ou algo parecido, mas a alternância evita algumas enfermidades políticas como o aparelhamento do Estado, a corrupção não cria raízes, a política externa não fica focada em apenas uma direção, evita principalmente que o governo fique parecido com as escolas de antigamente, em que as diretoras ficavam tanto tempo que se transformavam em "donas" do estabelecimento de ensino.
Quanto à imprensa livre, o problema começa pela militância demonizando os meios de comunicação que criticam o governo, depois as reiteradas tentativas de estabelecer um "controle social e
'democrático' da mídia", priorizando
blogueiros (de preferência que falem bem)
ou pequenos jornais regionais que fariam qualquer coisa para conseguir publicidade do Estado, leia-se Petrobrás, Banco do Brasil,
Caixa Econômica Federal, ou mesmo propaganda exaltando as obras e feitos de quem os patrocina (PIG - Partido da Imprensa Governista).
Não tenho ilusão alguma a respeito da grande imprensa, mas pelo menos o mal poderia ser melhor diagnosticado e combatido com mais eficiência (as redes sociais hoje tem tanta força quanto) do que milhares de blogs e centenas de jornais pulverizados pelo interior que estivessem dependendo de verbas publicitarias para sobreviver... Se parar o bicho pega, se correr o bicho come.
Professor de História, trabalhando diariamente com essas informações, fiquei pensando na hipótese do mensalão não ter sido descoberto e outras denúncias como o dinheiro da Petrobrás financiando partidos da base aliada do governo (clique aqui) tivessem continuado impunemente, e se o STJ não tivesse sido presidido por um jurista do naipe do Dr. Joaquim Barbosa para colocar na cadeia todos aqueles bandidos do alto escalão da república, certamente os decretos 7037 (Aqui e aqui), o decreto 8243 (aqui), e emendas do tipo “prorrogar mandatos” e “Controle Social da Imprensa” já seriam leis constitucionais, provavelmente teríamos José Dirceu como nosso líder máximo e assistiríamos em tela IMAX a confirmação da (até então) improvável História cíclica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário