Durante todo esse período quem ocupou a terra santa foram os descendentes de Ismael, mas ao longo dos anos muitos judeus voltaram e atravessaram séculos em uma convivência pacífica e harmoniosa com os palestinos (vide vídeo no final).
Excelentes negociantes, os judeus enriqueceram e tornaram-se o povo mais rico da terra. Com o surgimento do sionismo no final do século XIX defendendo a existência de um Estado nacional judaico onde historicamente existiu o antigo Reino de Israel, começaram agir para reconquistar suas antigas terras, pelas quais sentiam-se os donos e com direito divino sobre elas (Gênesis 17:8), inicialmente essas conquistas não se deram pela guerra, ricos, compraram dos palestinos boa parte do que tinha sido deles há 2000 anos.
Depois do holocausto nazista, com o fim da Segunda Guerra, em sessão solene da ONU, em 1948, foi criado o Estado de Israel ("Pode nascer uma nação em um dia?”- Isaías 66:8), fato que encontrou forte resistência entre os judeus ortodoxos, que pelo Talmude, livro sagrado, o povo judeu foi proibido pelo Criador (kesubos 111a) de exercer soberania sobre a Terra Santa antes da era messiânica, (citação do Rabino Dovid Weiss no vídeo abaixo) por isso eram contra a criação de um Estado judeu, e hoje defendem seu fim. (minha pesquisa com pouca informação precisa sobre o assunto).
Claro, os Palestinos que são predominantemente muçulmanos sunitas, não reconheceram a escritura das terras a favor dos judeus realizada diretamente por Deus em cartórios celestes, e não aceitaram a divisão do lugar que ocupavam há dois mil anos para a criação do Estado Israel. De lá pra cá já houve muitas guerras fratricidas entre os descendentes de Abraão, a Guerra dos Seis Dias, do Yom Kipur e várias outras, e os judeus foram conquistando mais e mais terras, as animosidades aumentaram ainda mais com os assentamentos em territórios palestinos ocupados na Cisjordânia.
Naturalmente não quero ser considerado um “professor anão” falando com leviandade sobre um assunto tão sério nessa minha tentativa de entendimento, por isso minha “gaveta virtual online” (bloguetando) está aberta para qualquer comentário que possa apontar algum erro que tenha cometido e ajudar em seu esclarecimento.
Apesar da irresponsabilidade do Hamas em lançar bombas, com resultados pífios, a partir de áreas povoadas, salta aos olhos o revide desproporcional por parte de Israel, é difícil acreditar que os judeus, que tanto sofreram nas mãos dos nazistas na Segunda Guerra Mundial, sejam os responsáveis por essa tragédia em Gaza, nada justifica a morte de tantas crianças.
*Confinar os palestinos em Gaza sob alegação que se abrissem as fronteiras facilitaria a entrada de armas para atacar Israel, é negar toda e qualquer possibilidade diplomática, a primeira ação deveria ser de Israel, convocando organismo internacionais para mediar e garantir a paz a partir o conflito da criação de um Estado Palestino, livre e soberano, abrindo as fronteiras de Gaza e também recuando sua fronteira para a que foi estabelecida em 1948, esta seria a única paz possível.
Com a quantidade de religiões que existe e as múltiplas guerras com motivações sagradas, fico pensando no quanto ainda teremos que evoluir para atingirmos aquele ideal de perfeição e harmonia onde todos “formarão um só rebanho”. A única certeza é que essa unidade bíblica jamais acontecerá através de monopólios divinos, e sim, através da descoberta íntima do amor puro, incondicional, que nos capacitará a compreender o quanto a vida é breve, transitória e frágil, e por isso mesmo perceber a urgência da necessidade de se abrir mão dos nossos apegos intransigentes à personalidade, etnia, facções sociais, valores materiais, patriotismos e, principalmente, às nossas religiões, aí sim, nos transformaremos em novos homens e verdadeiros "filhos de Deus"... Fora isso é só a barbárie.
Estou atacando especificamente essa violência inominável, e não imitando o preconceito da esquerda culta e deslumbrada que aplaude e baba com tudo que é antiamericano, como Israel é aliada dos EUA, é como se fosse politicamente correto também ser contra. Independente das atrocidades causada pelo radicalismo político e religioso do Primeiro Ministro Benjamin Netanyahu, ele representa um PARTIDO (parte) que está no poder, não o pensamento de todos os judeus.
05/08/2014: Revendo o que escrevi, achei pesado demais usar a palavra "holocausto", por isso troquei o título para "tragédia", mas só com a sua crítica poderei adequar meus pensamentos à realidade dos fatos.
*EM 25/08/2014: Depois que vi o vídeo adicionado à postagem nessa data (segundo vídeo), e também coloquei o seu final em outra postagem que fiz "EM GAZA A NEGAÇÃO DO AMOR", cheguei a conclusão "que a razão não para na palma da mão", e que é atualíssimo o "conselho moral" de Bertrand Russel: “O amor é sábio, o ódio é tolo.
"... os rabinos podem testemunhar como viveram no velho Estado, na velha cidade de Jerusalém. Viviam porta a porta antes de 1948 (...) coexistiam com todos os vizinhos árabes, tomavam conta das crianças uns dos outros, quando as mulheres iam ao Yann Kippur, os vizinhos muçulmanos tomavam conta das suas crianças, davam-lhes “os objetos” mais preciosos para guardar e proteger, como poderia ser isso se eles fossem os nossos inimigos mortais? É porque não o são!
ENTREVISTA COM A PROFESSORA DE HISTÓRIA ÁRABE ARLENE CLEMESHA
2 comentários:
Seu último parágrafo não só me emocionou, como me fez pensar que tudo o que dissestes sintetiza a doutrina espírita. Não quero aqui gerar mais discussão religiosa, mas é exatamente isso que creio. o amor ao próximo é a religião, independente até mesmo do homem crer ou não na existência de Deus, pois este homem possui seu livre arbítrio e a capacidade de pensar.
Só uma intervenção pacífica e externa poderia amenizar ou resolver a questão, mas não acredito que exista no mundo algo capaz de executar esta tarefa... Não vejo outra solução a não ser rezar...
Historicamente, pelo que já li, suas observações estão corretíssimas!
Querida Jenny, com meu rascunho online, depois do seu comentário acrescentei mais dois parágrafos e um vídeo no final.
Bjs e obrigado pelo comentário.
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