terça-feira, 2 de fevereiro de 2021

REFLEXÃO PESSIMISTA EM UMA NOITE INSONE DE VERÃO

 

RASCUNHO E DIVERSÃO ONLINE 

                      Não me fez muito bem esta noite escutar "Aquele abraço", de Gilberto Gil, e Simonal em meu “País Tropical” com pandemia.
       Antigamente "a vida começava aos 40", isso quando a expectativa de vida era bem menor.  Meu querido concunhado, Tiguilherme, conta os anos em janeiros, diz que ficamos idosos quando "os janeiros estão chegando", já eu conto meus anos em fevereiros, e os meus agora estão muito mais para fuscas e chacrinhas balançado a pança e menos carnavais e violões no coração.
     Atualizando aquele antigo ditado, "a vida agora começa aos 30", e meu sobrinho, Henrique, fez aniversário ontem, no PRIMEIRO dia de fevereiro, ele tem menos da metade dos meus 70 anos, o que pensar então, simbolicamente, se faço aniversário no ÚLTIMO dia de fevereiro?      
     Meu pai morreu aos 64 anos, e eu enxergava sabedoria e experiência naquela soma de anos, mas esta noite pensei para trás, me vi "caindo nos mesmos buracos", falando as mesmas besteiras, contando as mesmas de piadas, e o pior de tudo, descrente dos sonhos de que um dia ainda possamos fazer a mãe de todas as reformas, a reforma política com voto distrital e, de fato, atacar a raiz de todos os nossos problemas.
      Estou me sentindo como o escritor juiz-forano Pedro Nava, que dizia que "a experiência é um automóvel com os faróis voltados para trás, não servem para nada”, e é assim, com todo esse pessimismo que as trevas se descortinam para mim e para o nosso país logo ali na frente.
     Como gostaria de ter ao menos a fé da minha Inês, ainda bem que alivio essa expectativa negativa pensando sempre na alegria de poder estar, vacinado, com toda minha família reunida, para voltar, pelo menos no plano pessoal, alegria, otimismo e a confiança de sempre.



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