quinta-feira, 18 de novembro de 2021

VOTO CONSCIENTE – ENSAIO PARA UM SONHO DE CIDADANIA

 


           RASCUNHO DOS MEUS PALPITES LEIGOS E DIVERSÃO ONLINE


         Os sonhos que tinha no século passado estão amarelados, 
    I Tess 5:21 "Examina tudo e retenha o que for bom", na política é quimera... já era!.... Desaprendi, ontem antecipei um "possível" voto, quando o correto seria manter-me "eleitor indeciso".
 



Agradecimento ao saudoso médico e jornalista, Dr. Waltecy Antônio Garcia, que mesmo com todas as minhas limitações, sempre dava uma colher de chá para publicar minhas ideias na
   GAZETA DE MURIAÉ
         " Atendendo a um convite da minha amiga, Professora Lea Porto, para que junto com outros professores da área, trabalhássemos como os alunos a questão das eleições, resolvi, diante da importância do tema, expandir para fora dos portões da Escola “Olavo Tostes” assunto tão importante.
         Falta pouco tempo para as eleições, as propagandas eleitorais nem começaram e as pessoas já estão definindo seus votos. Em breve começarão as disputas pelo chamado eleitor indeciso, termo muitas vezes inadequado, pois não se pode considerar indeciso quem se reserva o direito de examinar, desde agora até o fim da campanha, o melhor para o país. Evitar posicionar-se antecipadamente parece ser o mais sensato, à vista dos problemas econômicos e sociais que temos, diminuir a margem de erro nesta escolha é dever cívico de todos.
        Num exercício de cidadania, abrindo mão momentaneamente de nossas convicções, e buscando apenas uma proximidade com a verdade, deveríamos fazer uma simulação de posições, um faz-de-conta ideológico para tornarmos mais abrangentes, e virtualmente, como se estivéssemos num simulador de voo, voar nas ideias contrárias às nossas, experimentá-las por dentro, provar-lhes o sentido, dar-lhe todas as razões, senti-las nossas, e só então...condená-las.
        Da mesma forma, atacar nossas certezas, colocando-as ao avesso, expondo-lhe as fraquezas, procurando-lhes os defeitos, interpretá-los por uma ótica contrária, e só então defendê-las. Neste exercício, incorporaríamos novos valores, abriríamos novas perspectivas em nossas vidas, seríamos menos sectários e, certamente, mais universais.
        Este posicionamento vale tanto para quem se coloca à esquerda ou à direita do razoável, pois precisamos mesmo é libertar-nos de verdades que em vez de somar, só dividem. Não podemos mascarar nossas limitações com grandezas que não são nossas, nem transferir para semideuses problemas que nós mesmos, com sacrifícios, teremos que resolver. Precisamos, no somatório das forças populares, a solução para as dores dos nossos irmãos mais sofridos, e criar novas perspectiva de vida para todos nós.
        O grande entrave quando se fala de “forças populares” é a praga da demagogia, que sempre foram usadas, de formas distintas, tanto pelas elites, como por aqueles que se dizem os verdadeiros representantes do povo.
        É ingenuidade pensar que alguma proposta possa ser perfeitamente boa ou fatalmente má. Não existe mágica ou milagres na política, assim como não há bônus sem ônus, ou, despesas sem receitas, a questão é, como tudo na vida, de equilíbrio... descobrir a dose exata do que se pode gastar e do que se pode pagar, do que pode curar e do que pode matar.
        Quando o objetivo é buscar a verdade, as opiniões contrárias são como afluentes de um mesmo rio, onde cada um dá a sua contribuição para o crescimento deste rio, e que, ao final de um restrito trajeto onde as águas eventualmente não se misturam, acabam unidas, desaguando num mesmo oceano que é o bem comum.
        Nossa sociedade precisa mesmo é de uma verdadeira democracia, um fórum mais abrangente, onde a população possa acompanhar o desempenho dos políticos e ser frequentemente consultada, e não se manifestar apenas de quatro em quatro anos.
Que se acredite verdadeiramente que “a voz do povo é a voz de Deus”, e no princípio constitucional de que “todo poder emana do povo, e por ele, e para ele deva ser exercido”, para que se diminua o espaço daqueles “sepulcros caiados” que manipulam a vontade popular, mas que não acreditam, de fato, que o povo tenha capacidade de traçar seus próprios desígnios.
         Precisamos fazer com que a vontade da maioria prevaleça sobre todas as conveniências, para que se possa efetuar as verdadeiras e necessárias transformações que irão precipitar o início de uma nova era, onde a justiça e o bem comum prevaleçam sobre quaisquer interesses, e a fraternidade possa ser a principal norma de conduta entre todos os membros do poder público.
Fernando Antônio de Oliveira – Professor de História"

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